O socialismo é a salvação do planeta
«Façamos todos os que temos de fazer. As circunstâncias permitem-nos construir o socialismo», afirmou Hugo Chávez, presidente da Venezuela, na conferência sobre 'A Revolução Bolivariana e a Construção do Socialismo do Século XXI', no sábado, no Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes, em Caracas.
Chávez convidou a população a discutir o tipo de socialismo que pretende construir: «Pode haver muitos socialismos. Sem modelos, temos de partir das condições do nosso país e alcançar esta construção heróica do nosso povo».
Este projecto não é apenas uma decisão política ou a conquista de um nível de consciência do povo, é acima de tudo a forma de assegurar a sobrevivência do planeta. «Hoje faz todo o sentido o grito de Rosa Luxemburgo, inspirado em Marx: socialismo ou barbárie. A humanidade está a chegar a um ponto crítico e temos apenas décadas para decidir como salvar a vida no planeta. Não são especulações de cientistas. Se houve vida em Marte, deve ter havido também um FMI que a destruiu», comentou.
Chávez defendeu que Bolívar seria socialista se tivesse vivido mais 20 anos e afirmou que este sistema deve ser construído por todos. «Mas ninguém melhor do que vocês, jovens, para o fazer. Temos de usar todos os recursos ideológicos, morais, académicos e físicos. Catorze anos depois da queda da União Soviética, aqui estamos na batalha. O socialismo renasceu. Chegou o grande dia da América, dos povos, da liberdade e da justiça. Tudo depende de nós mesmos. O povo tem de tomar o poder para construir um novo poder», salientou.
O presidente anunciou algumas medidas já tomadas ou a tomar em breve, como a transformação da imprensa do Estado numa editora bolivariana. «Leiam, leiam em qualquer momento que tenham», aconselhou. A empresa Petróleo da Venezuela irá em breve implementar um novo tipo de relação com as comunidades e reservar milhões de bolívares para a construção de habitações, cultivo de alimentos e criação de empregos. «Para acabar com a pobreza há que dar poder aos pobres. O maior poder é o do conhecimento«, disse.
Chávez referiu a assinatura de acordos de troca de petróleo por produtos produzidos em países da América Latina, sem intermediários e sem o uso de dólares. Já partiu o primeiro petroleiro com destino ao Uruguai com um milhão de barris. Montevideu pagará 25 por cento dentro de dois anos com dois por cento de juros e os restantes 75 por cento serão pagos daqui a três meses em bens e serviços, como alimentos, cimento e gado bovino. O objectivo é firmar «uma proposta de integração entre países irmãos» e «aliviar a carga fiscal» dos uruguaios. «A Venezuela põe a sua riqueza petrolífera às ordens dos povos da América Latina e não do imperialismo», afirmou Chávez, acrescentando que é possível assinar convénios com a Índia, Rússia, China e países de África.
Construir o socialismo no mundo
Durante a conferência, David Velásquez, secretário-geral da Juventude Comunista da Venezuela e presidente do Comité Nacional Preparatório da Venezuela, referiu que a revolução bolivariana influi em lutas na Bolívia, Brasil, Colômbia e Uruguai. «Não queremos dar um manual, mas que cada país possa ser independente. O imperialismo é derrotável apenas se os povos se unirem, como se provou no Vietname», afirmou.
O jovem comunista sustentou que a revolução venezuelana só «avança e se consolida no socialismo na medida em que outros processos avancem e se consolidem no socialismo». «A juventude venezuelana mostrou que não é passiva, que não pensa apenas no consumismo. Ela foi fundamental nas missões, nomeadamente na alfabetização que permitiu que a Venezuela seja hoje território livre de analfabetismo. São formas concretas para avançar para a igualdade», afirmou.
Chávez convidou a população a discutir o tipo de socialismo que pretende construir: «Pode haver muitos socialismos. Sem modelos, temos de partir das condições do nosso país e alcançar esta construção heróica do nosso povo».
Este projecto não é apenas uma decisão política ou a conquista de um nível de consciência do povo, é acima de tudo a forma de assegurar a sobrevivência do planeta. «Hoje faz todo o sentido o grito de Rosa Luxemburgo, inspirado em Marx: socialismo ou barbárie. A humanidade está a chegar a um ponto crítico e temos apenas décadas para decidir como salvar a vida no planeta. Não são especulações de cientistas. Se houve vida em Marte, deve ter havido também um FMI que a destruiu», comentou.
Chávez defendeu que Bolívar seria socialista se tivesse vivido mais 20 anos e afirmou que este sistema deve ser construído por todos. «Mas ninguém melhor do que vocês, jovens, para o fazer. Temos de usar todos os recursos ideológicos, morais, académicos e físicos. Catorze anos depois da queda da União Soviética, aqui estamos na batalha. O socialismo renasceu. Chegou o grande dia da América, dos povos, da liberdade e da justiça. Tudo depende de nós mesmos. O povo tem de tomar o poder para construir um novo poder», salientou.
O presidente anunciou algumas medidas já tomadas ou a tomar em breve, como a transformação da imprensa do Estado numa editora bolivariana. «Leiam, leiam em qualquer momento que tenham», aconselhou. A empresa Petróleo da Venezuela irá em breve implementar um novo tipo de relação com as comunidades e reservar milhões de bolívares para a construção de habitações, cultivo de alimentos e criação de empregos. «Para acabar com a pobreza há que dar poder aos pobres. O maior poder é o do conhecimento«, disse.
Chávez referiu a assinatura de acordos de troca de petróleo por produtos produzidos em países da América Latina, sem intermediários e sem o uso de dólares. Já partiu o primeiro petroleiro com destino ao Uruguai com um milhão de barris. Montevideu pagará 25 por cento dentro de dois anos com dois por cento de juros e os restantes 75 por cento serão pagos daqui a três meses em bens e serviços, como alimentos, cimento e gado bovino. O objectivo é firmar «uma proposta de integração entre países irmãos» e «aliviar a carga fiscal» dos uruguaios. «A Venezuela põe a sua riqueza petrolífera às ordens dos povos da América Latina e não do imperialismo», afirmou Chávez, acrescentando que é possível assinar convénios com a Índia, Rússia, China e países de África.
Construir o socialismo no mundo
Durante a conferência, David Velásquez, secretário-geral da Juventude Comunista da Venezuela e presidente do Comité Nacional Preparatório da Venezuela, referiu que a revolução bolivariana influi em lutas na Bolívia, Brasil, Colômbia e Uruguai. «Não queremos dar um manual, mas que cada país possa ser independente. O imperialismo é derrotável apenas se os povos se unirem, como se provou no Vietname», afirmou.
O jovem comunista sustentou que a revolução venezuelana só «avança e se consolida no socialismo na medida em que outros processos avancem e se consolidem no socialismo». «A juventude venezuelana mostrou que não é passiva, que não pensa apenas no consumismo. Ela foi fundamental nas missões, nomeadamente na alfabetização que permitiu que a Venezuela seja hoje território livre de analfabetismo. São formas concretas para avançar para a igualdade», afirmou.