Mais Partido comunista
Culminado um ciclo eleitoral, que se estendeu por mais de um ano e que foi marcado por um significativo reforço político e eleitoral dos comunistas, é tempo de reforçar o Partido, a sua organização e ligação às massas, reafirmou-se, sábado, num comício em Lisboa.
«Há que honrar o legado deixado por gerações de comunistas»
«Avançar, crescer – por um Portugal com futuro», lia-se no pano vermelho vivo que servia de fundo ao grande anfiteatro da Faculdade de Medicina Dentária, no passado sábado, em Lisboa. Logo abaixo do lema, a foice e o martelo cruzados com a estrela de cinco pontas antecediam as iniciais «PCP». Ao lado do palco, um ecrã gigante projectava imagens do grandioso comício que fez transbordar o Pavilhão Atlântico no passado dia 14.
À medida que iam entrando e enchendo por completo o anfiteatro, as largas centenas de militantes comunistas da região de Lisboa olhavam com um misto de alegria e orgulho as imagens projectadas no ecrã. Muitos traziam na mão bandeiras vermelhas – não da CDU ou de Jerónimo de Sousa, mas do PCP – ou não se estivesse na primeira grande iniciativa pública do Partido após as eleições presidenciais: Nada menos do que um grande comício que encheu a transbordar a grande sala. «Assim se vê a força do PC», ouviu-se várias vezes.
Não se tratava de um comício eleitoral nem da celebração do bom resultado obtido. Tratou-se, isso sim, de reafirmar um compromisso de prosseguir o combate por uma ruptura democrática e de esquerda com as políticas de direita, por um «Portugal com futuro». De garantir que os votos obtidos não serão esquecidos e que a luta continua.
Isso mesmo afirmou Arménio Carlos, membro do Comité Central e da Direcção da Organização Regional de Lisboa do PCP, lembrando a manifestação dos trabalhadores da Administração Pública já no próximo dia 3, em Lisboa. Discursando após a actuação do grupo de música popular portuguesa de Sebastião Antunes, Arménio Carlos saudou os sindicatos e os activistas sindicais da CGTP. E reafirmou que estes podem contar sempre com o PCP na luta por uma outra política que combata o desemprego, que atinge já 115 mil trabalhadores no distrito, e o trabalho precário, que representa já um sexto do total. Para o membro da Comissão Executiva da Intersindical, há que honrar o legado deixado por gerações de combatentes comunistas e transmiti-lo às novas gerações.
Reforçar a organização ligado à vida
Encerrando o comício, o secretário-geral do PCP considerou indispensável alargar o esclarecimento, a mobilização e a luta dos trabalhadores e das populações «em torno dos seus problemas concretos». Em particular, destacou, a partir das empresas e locais de trabalho. Para Jerónimo de Sousa, os problemas dos trabalhadores e do povo português, bem como a situação no País e no mundo, «exigem profundas mudanças e afirmam largas potencialidades de caminhos transformadores e avanços progressistas».
No ano em que se comemoram os 85 anos do Partido e os 75 anos do Avante!, Jerónimo de Sousa recordou que os tempos são de concentrar energias no reforço do Partido, da sua organização, intervenção e ligação às massas. Para, como diz o lema, crescer e avançar. Lembrando as decisões do XVII Congresso, reafirmadas na reunião do Comité Central de Novembro, que aponta este como o ano de reforço do Partido, o secretário-geral do PCP reafirmou a importância da ligação aos problemas dos trabalhadores e das populações, ao meio em que actua cada organização partidária. Recrutar, responsabilizar, acompanhar e formar quadros terão de ser preocupações centrais, lembrou.
Para o secretário-geral do PCP, a concretização do reforço da organização «só terá verdadeira eficácia» se for associada à dinamização da acção e iniciativa política das organizações e militantes em torno dos problemas dos trabalhadores, das populações e do País, bem como à divulgação das posições do Partido.
Jerónimo de Sousa reafirmou ainda a importância decisiva da organização, mas também de «corações generosos, convicções fortes, falar verdade e ter uma grande confiança no futuro». A mesma confiança demonstrada pelas centenas de militantes presentes que, unidos por um monumental abraço, cantaram o Avante, camarada, A Internacional e A Portuguesa. Temos Partido!
PCP faz 85 anos
Afirmar um projecto e uma história ímpares
Os 85 anos do PCP vão ser assinalados por todo o País, em várias centenas de iniciativas, com destaque para os grandes comícios de Almada, do Porto e de Serpa, respectivamente a 4, 12 e 19 de Março. Como afirmou, no comício, o secretário-geral comunista, as comemorações do aniversário do Partido vão constituir «uma afirmação do seu projecto político e ideológico, de divulgação da sua história ímpar, de projecção da sua análise e proposta de alternativa política, de alargamento da confiança, da esperança e da determinação na luta por um Portugal e um mundo mais justos».
Mas o ano em que se comemoram os oitenta e cinco anos de vida e de luta do PCP é também o ano de reforço da sua organização e intervenção. Para isso, estão a ser tomadas medidas concretas, em todas as organizações. Muitas ultrapassaram já as metas fixadas. Mas prometem assentar novos objectivos e concretizá-los.
À medida que iam entrando e enchendo por completo o anfiteatro, as largas centenas de militantes comunistas da região de Lisboa olhavam com um misto de alegria e orgulho as imagens projectadas no ecrã. Muitos traziam na mão bandeiras vermelhas – não da CDU ou de Jerónimo de Sousa, mas do PCP – ou não se estivesse na primeira grande iniciativa pública do Partido após as eleições presidenciais: Nada menos do que um grande comício que encheu a transbordar a grande sala. «Assim se vê a força do PC», ouviu-se várias vezes.
Não se tratava de um comício eleitoral nem da celebração do bom resultado obtido. Tratou-se, isso sim, de reafirmar um compromisso de prosseguir o combate por uma ruptura democrática e de esquerda com as políticas de direita, por um «Portugal com futuro». De garantir que os votos obtidos não serão esquecidos e que a luta continua.
Isso mesmo afirmou Arménio Carlos, membro do Comité Central e da Direcção da Organização Regional de Lisboa do PCP, lembrando a manifestação dos trabalhadores da Administração Pública já no próximo dia 3, em Lisboa. Discursando após a actuação do grupo de música popular portuguesa de Sebastião Antunes, Arménio Carlos saudou os sindicatos e os activistas sindicais da CGTP. E reafirmou que estes podem contar sempre com o PCP na luta por uma outra política que combata o desemprego, que atinge já 115 mil trabalhadores no distrito, e o trabalho precário, que representa já um sexto do total. Para o membro da Comissão Executiva da Intersindical, há que honrar o legado deixado por gerações de combatentes comunistas e transmiti-lo às novas gerações.
Reforçar a organização ligado à vida
Encerrando o comício, o secretário-geral do PCP considerou indispensável alargar o esclarecimento, a mobilização e a luta dos trabalhadores e das populações «em torno dos seus problemas concretos». Em particular, destacou, a partir das empresas e locais de trabalho. Para Jerónimo de Sousa, os problemas dos trabalhadores e do povo português, bem como a situação no País e no mundo, «exigem profundas mudanças e afirmam largas potencialidades de caminhos transformadores e avanços progressistas».
No ano em que se comemoram os 85 anos do Partido e os 75 anos do Avante!, Jerónimo de Sousa recordou que os tempos são de concentrar energias no reforço do Partido, da sua organização, intervenção e ligação às massas. Para, como diz o lema, crescer e avançar. Lembrando as decisões do XVII Congresso, reafirmadas na reunião do Comité Central de Novembro, que aponta este como o ano de reforço do Partido, o secretário-geral do PCP reafirmou a importância da ligação aos problemas dos trabalhadores e das populações, ao meio em que actua cada organização partidária. Recrutar, responsabilizar, acompanhar e formar quadros terão de ser preocupações centrais, lembrou.
Para o secretário-geral do PCP, a concretização do reforço da organização «só terá verdadeira eficácia» se for associada à dinamização da acção e iniciativa política das organizações e militantes em torno dos problemas dos trabalhadores, das populações e do País, bem como à divulgação das posições do Partido.
Jerónimo de Sousa reafirmou ainda a importância decisiva da organização, mas também de «corações generosos, convicções fortes, falar verdade e ter uma grande confiança no futuro». A mesma confiança demonstrada pelas centenas de militantes presentes que, unidos por um monumental abraço, cantaram o Avante, camarada, A Internacional e A Portuguesa. Temos Partido!
PCP faz 85 anos
Afirmar um projecto e uma história ímpares
Os 85 anos do PCP vão ser assinalados por todo o País, em várias centenas de iniciativas, com destaque para os grandes comícios de Almada, do Porto e de Serpa, respectivamente a 4, 12 e 19 de Março. Como afirmou, no comício, o secretário-geral comunista, as comemorações do aniversário do Partido vão constituir «uma afirmação do seu projecto político e ideológico, de divulgação da sua história ímpar, de projecção da sua análise e proposta de alternativa política, de alargamento da confiança, da esperança e da determinação na luta por um Portugal e um mundo mais justos».
Mas o ano em que se comemoram os oitenta e cinco anos de vida e de luta do PCP é também o ano de reforço da sua organização e intervenção. Para isso, estão a ser tomadas medidas concretas, em todas as organizações. Muitas ultrapassaram já as metas fixadas. Mas prometem assentar novos objectivos e concretizá-los.