Maltratar as populações
O Governo não conseguiu provar que nenhuma das alegadas «reestruturações» na política de saúde, eufemismo com que dá cobertura à sua sanha destruidora, resulta em benefício das populações.
SAÚDE: Interpelação do PCP ao Governo - 2
O que foi demonstrado é que esta política se está próxima de alguma coisa é do «cifrão» e dos «interesses privados». Pode estar próxima de tudo, do cidadão é que não. Este, com efeito, como assinalou o deputado comunista Jorge Machado, não vê ou sente qualquer melhoria quer na cobertura quer na prestação dos serviços prestados à população.
Bem pelo contrário. Que o digam os habitantes de Mirandela, Barcelos, Santo Tirso, Amarante, Oliveira de Azeméis e Elvas, que viram as maternidades destes concelhos encerradas. E não deixa de ser sintomático que os critérios economicistas dos 1500 partos/ano que serviram de base ao fecho, por exemplo, da maternidade de Sto Tirso, não tenham sido aplicados a uma maternidade do sector privado sita no concelho vizinho da Trofa. O que significa, mais prosaicamente – foi ainda o deputado a lembrar o facto –, que esta empresa privada dispõe de «uma fatia cada vez maior do mercado à custa da degradação do SNS», tendo, inclusivamente, anunciado um forte investimento no Norte, precisamente nas valências a que corresponde o Centro Materno Infantil do Norte.
Poucas razões para estarem satisfeitos têm, por outro lado, os utentes dos concelhos que têm os seus serviços da rede de urgências sob ameaça de encerramento pelo Ministério da Saúde. Estão nesta situação, como tratou de lembrar a bancada do PCP, as urgências hospitalares de Peso da Régua, Macedo de Cavaleiros, Ponte de Lima, Fafe, Vila do Conde, Santo Tirso, Anadia, São João da Madeira, Ovar, Espinho, Estarreja, Cantanhede, Fundão, Curry Cabral (Lisboa) e Montijo.
O mesmo se pode dizer quanto aos pontos de urgência nos centros de saúde, várias dezenas deles a encerrar, como o serviço de atendimento permanente de Celorico de Basto, Redondo, Oliveira do Hospital, Góis, Tábua, Lourinhã, Silves, Paredes de Coura, Ourique, Vieira do Minho, entre muitos outros.
Dado por Jorge Machado foi o exemplo do distrito de Aveiro, com mais de 600 mil habitantes, que vê encerrar cinco urgências e diversos SAP, passando as urgências a ser asseguradas por apenas duas urgências médico-cirúrgicas e três SAP. Tendo em conta os mais de 40 mil atendimentos actuais, o elevado risco industrial na zona de Estarreja, a mobilidade sazonal de uma parte significativa da população e as acessibilidades do distrito (Vale de Cambra e o primeiro ponto de urgência estão separados por mais de uma hora de percurso, por exemplo), «facilmente se percebe que o que está em causa pode significar a diferença entre a vida ou a morte», sublinhou o deputado do PCP.
Bem pelo contrário. Que o digam os habitantes de Mirandela, Barcelos, Santo Tirso, Amarante, Oliveira de Azeméis e Elvas, que viram as maternidades destes concelhos encerradas. E não deixa de ser sintomático que os critérios economicistas dos 1500 partos/ano que serviram de base ao fecho, por exemplo, da maternidade de Sto Tirso, não tenham sido aplicados a uma maternidade do sector privado sita no concelho vizinho da Trofa. O que significa, mais prosaicamente – foi ainda o deputado a lembrar o facto –, que esta empresa privada dispõe de «uma fatia cada vez maior do mercado à custa da degradação do SNS», tendo, inclusivamente, anunciado um forte investimento no Norte, precisamente nas valências a que corresponde o Centro Materno Infantil do Norte.
Poucas razões para estarem satisfeitos têm, por outro lado, os utentes dos concelhos que têm os seus serviços da rede de urgências sob ameaça de encerramento pelo Ministério da Saúde. Estão nesta situação, como tratou de lembrar a bancada do PCP, as urgências hospitalares de Peso da Régua, Macedo de Cavaleiros, Ponte de Lima, Fafe, Vila do Conde, Santo Tirso, Anadia, São João da Madeira, Ovar, Espinho, Estarreja, Cantanhede, Fundão, Curry Cabral (Lisboa) e Montijo.
O mesmo se pode dizer quanto aos pontos de urgência nos centros de saúde, várias dezenas deles a encerrar, como o serviço de atendimento permanente de Celorico de Basto, Redondo, Oliveira do Hospital, Góis, Tábua, Lourinhã, Silves, Paredes de Coura, Ourique, Vieira do Minho, entre muitos outros.
Dado por Jorge Machado foi o exemplo do distrito de Aveiro, com mais de 600 mil habitantes, que vê encerrar cinco urgências e diversos SAP, passando as urgências a ser asseguradas por apenas duas urgências médico-cirúrgicas e três SAP. Tendo em conta os mais de 40 mil atendimentos actuais, o elevado risco industrial na zona de Estarreja, a mobilidade sazonal de uma parte significativa da população e as acessibilidades do distrito (Vale de Cambra e o primeiro ponto de urgência estão separados por mais de uma hora de percurso, por exemplo), «facilmente se percebe que o que está em causa pode significar a diferença entre a vida ou a morte», sublinhou o deputado do PCP.