Política de direita destrói agricultura
Ilda Figueiredo, deputada do PCP no Parlamento Europeu, visitou o distrito de Viseu no dia 17 e alertou para as consequências nefastas da política de direita na agricultura da região.
O Governo favorece as grandes casas exportadoras de Vinho do Porto
Culminando uma visita ao distrito, onde manteve vários contactos, a deputada comunista assinalou, em conferência de imprensa, as consequências das políticas de direita da União Europeia e do Governo português naquela região do interior do País. O aprofundamento das assimetrias regionais, com políticas de crescente abandono do interior, marcadas pelo encerramento de serviços públicos e pela redução do investimento público são algumas marcas destas políticas destacadas por Ilda Figueiredo.
Ilda Figueredo lembrou estar em curso um processo de «abandono e asfixia» da agricultura familiar. E acusou o Governo de desproteger esta actividade, «mesmo em regiões e áreas com especial potencialidade produtiva ou com reconhecidas produções de qualidade», como a região do Douro, de Dão-Lafões, e variadas produções no domínio das frutas, vinho, carne, hortícolas e floresta.
No caso da região do Douro, a deputada comunista considerou «lamentável» a atitude do Governo de completa desprotecção aos pequenos produtores de vinho daquela região e a passividade com que assiste à destruição da Casa do Douro, importante instrumento de protecção aos pequenos e médios produtores daquela região. Tudo isto com o objectivo de favorecer a concentração da produção e comercialização do vinho do Porto nas mãos das «grandes casas exportadoras e do comércio multinacional» do Vinho do Porto.
Os 35 mil viticultores da região estão hoje ameaçados por uma política que estrangula financeiramente, por diversas formas, a Casa do Douro: não lhe pagando o Governo o que lhe deve; ordenando a execução judicial de dívidas que não se sabe se existem; não fazendo cumprir protocolos assinados; apoiando o roubo do Cadastro Vitivinícola pelo Instituto do Vinho do Douro e Porto, IVDP, onde mandam as casas exportadoras; ou ainda aprovando na União Europeia uma Reforma da Organização do Mercado do Vinho, apoiada na liberalização do plantio e do comércio, que pode pôr em causa a vinha dos pequenos proprietários e levar ao fim do benefício.
Migração e marginalidade
A destruição da agricultura retirou a milhares de agricultores o seu rendimento. Empurrados para fora da Segurança Social, vários sem capacidade de pagar as suas contribuições, muitos são levados a emigrar ou a migrar para as periferias dos pólos urbanos, onde vivem desenraizados. O agravamento dos problemas sociais tem vindo a provocar o crescimentos dos fenómenos de exclusão, marginalidade, prostituição, alcoolismo, violência e criminalidade, realçou ainda a deputada comunista.
Ilda Figueiredo denunciou ainda o facto de nunca terem sido criadas algumas infra-estruturas que seriam «factores promotores do desenvolvimento regional, como são os casos do matadouro de Viseu ou da ligação por ferrovia da cidade à rede ferroviária nacional. O prolongamento, entre Viseu e Coimbra, da A24 é também um importante factor de desenvolvimento, que só poderia ter sentido e adquirir uma importância regional se, tal como a A25, não tivesse portagens. E tal está longe de ser garantido pelo Governo.
Ilda Figueredo lembrou estar em curso um processo de «abandono e asfixia» da agricultura familiar. E acusou o Governo de desproteger esta actividade, «mesmo em regiões e áreas com especial potencialidade produtiva ou com reconhecidas produções de qualidade», como a região do Douro, de Dão-Lafões, e variadas produções no domínio das frutas, vinho, carne, hortícolas e floresta.
No caso da região do Douro, a deputada comunista considerou «lamentável» a atitude do Governo de completa desprotecção aos pequenos produtores de vinho daquela região e a passividade com que assiste à destruição da Casa do Douro, importante instrumento de protecção aos pequenos e médios produtores daquela região. Tudo isto com o objectivo de favorecer a concentração da produção e comercialização do vinho do Porto nas mãos das «grandes casas exportadoras e do comércio multinacional» do Vinho do Porto.
Os 35 mil viticultores da região estão hoje ameaçados por uma política que estrangula financeiramente, por diversas formas, a Casa do Douro: não lhe pagando o Governo o que lhe deve; ordenando a execução judicial de dívidas que não se sabe se existem; não fazendo cumprir protocolos assinados; apoiando o roubo do Cadastro Vitivinícola pelo Instituto do Vinho do Douro e Porto, IVDP, onde mandam as casas exportadoras; ou ainda aprovando na União Europeia uma Reforma da Organização do Mercado do Vinho, apoiada na liberalização do plantio e do comércio, que pode pôr em causa a vinha dos pequenos proprietários e levar ao fim do benefício.
Migração e marginalidade
A destruição da agricultura retirou a milhares de agricultores o seu rendimento. Empurrados para fora da Segurança Social, vários sem capacidade de pagar as suas contribuições, muitos são levados a emigrar ou a migrar para as periferias dos pólos urbanos, onde vivem desenraizados. O agravamento dos problemas sociais tem vindo a provocar o crescimentos dos fenómenos de exclusão, marginalidade, prostituição, alcoolismo, violência e criminalidade, realçou ainda a deputada comunista.
Ilda Figueiredo denunciou ainda o facto de nunca terem sido criadas algumas infra-estruturas que seriam «factores promotores do desenvolvimento regional, como são os casos do matadouro de Viseu ou da ligação por ferrovia da cidade à rede ferroviária nacional. O prolongamento, entre Viseu e Coimbra, da A24 é também um importante factor de desenvolvimento, que só poderia ter sentido e adquirir uma importância regional se, tal como a A25, não tivesse portagens. E tal está longe de ser garantido pelo Governo.