A Comissão Instaladora da Associação Conquistas da Revolução manifestou, em comunicado, o seu «total repúdio» contra os programas de agressão das troikas e das medidas constantes no Orçamento do Estado para 2012.

«O Orçamento do Estado para 2012 formaliza não só o mais brutal ataque às condições de vida dos portugueses e à democracia (ferindo mesmo direitos constitucionais), como constitui o maior embuste alguma vez desencadeado pelo regime dito democrático», denuncia a Associação, condenando o «congelamento das remunerações dos trabalhadores da Administração Pública e da maioria dos pensionistas» e a apropriação aos mesmos «dos subsídios de Férias e de Natal», correspondendo, neste caso, a uma redução de 14 por cento do seu rendimento anual.

«Para além dos elevados cortes já feitos nas despesas sociais em 2011, pretende o Governo, em 2012, reduzir significativamente as despesas do Serviço Nacional de Saúde, da Educação, das prestações sociais [subsídios de desemprego e outras] e no investimento público [aumento de desemprego]», lê-se no documento enviado às redacções, que dá ainda conta de outros ataques às condições de vida dos portugueses, com o aumento do IVA, do IRS, do IMI e de outros, «todos com incidência directa na população em geral, enquanto rendimentos de capital, de várias espécies, continuam isentos».