Contra a ruína, a bancarrota e a miséria

Travar escalada de agressão

O PCP voltou a alertar para o rumo de afundamento da economia nacional, acusando o pacto de agressão da troika e a política do Governo de conduzir o País à bancarrota e condenar à miséria o povo e os trabalhadores.

Miséria e pobreza alastram

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Torna-se evidente que à medida que o Executivo aprofunda as medidas que emanam do pacto assinado com a troika «mais se agravam os problemas económicos e sociais do País e maiores são as dificuldades», referiu o deputado comunista João Oliveira, numa declaração política proferida em nome da sua bancada na passada semana.

Chamou a atenção em particular para o facto de os sectores produtivos e a produção nacional estarem em processo de destruição acelerada, com o aumento de falências, o aprofundar da recessão económica, o acentuar da dependência face ao exterior e o agravar das dificuldades orçamentais e financeiras do Estado.

Em paralelo, destacou, agrava-se a crise social, com o desemprego a aumentar «para níveis nunca vistos depois do 25 de Abril, a miséria e a pobreza a alastrar e os portugueses a terem cada vez mais dificuldades em cumprir os seus compromissos e garantir um mínimo de dignidade nas suas condições de vida».

É o roubo nos salários, pensões e subsídios de férias, o aumento de horas de trabalho, a eliminação de descansos, feriados e tolerâncias de ponto; é a «entrega ao capital estrangeiro a preços de saldo de empresas públicas e participações do Estado em empresas estratégicas»; é o aumento de taxas moderadoras e de outros custos com a Saúde, com a Educação, «desmantelando o Estado e os serviços públicos», enumerou João Oliveira, vendo neste fogo cerrado sobre os trabalhadores e o povo um único objectivo: «satisfazer os interesses dos grandes grupos económicos e do sector financeiro».

Sobre o Governo recaiu ainda a acusação de, perante o agravar da situação económica e social, «sacudir para outros as suas próprias responsabilidades», utilizando, simultaneamente, as «consequências das suas políticas para justificar consecutivas escaladas de agressão a direitos laborais e sociais».

A declaração da bancada comunista, curiosamente, não suscitou qualquer reacção nem da maioria governamental nem do PS, remetendo-se todos a um prudente silêncio, o que só pode ser interpretado como um sinal de vergonha e comprometimento face ao rumo de desastre que estão a impor ao País.



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