Determinados na luta
O problema da subcontratação de enfermeiros motivou anteontem uma jornada de protesto no Porto. Ferroviários e professores têm acções em marcha, enquanto prossegue a mobilização nacional da CGTP-IN para dia 16.
Só a luta pode travar a ofensiva
Em dia de greve, enfermeiros contratados manifestaram-se terça-feira junto à sede da Administração Regional de Saúde do Norte, no Porto, onde entregaram uma moção exigindo o fim do trabalho precário e a conclusão do concurso, aberto em 2010, para 566 postos de trabalho, o qual permitiria estabilizar a situação destes profissionais. Pedro Frias, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, explicou à agência Lusa que alguns deles estão há mais de 10 anos com contratos a prazo, mas a ARS não dá andamento ao concurso invocando questões meramente jurídicas.
Antes da concentração, o SEP/CGTP-IN e os enfermeiros levaram o protesto às principais ruas do Porto, num autocarro panorâmico.
A moção entregue na ARS vai também vai ser levada à Assembleia da República pelo grupo parlamentar do PCP, anunciou o deputado comunista Jorge Machado, que acompanhou na manifestação dos enfermeiros.
A Fenprof divulga hoje, em conferência de imprensa, as iniciativas e os documentos que vão integrar a «semana de luto em luta», que começa na segunda-feira, dia 18. Esta série de acções foi anunciada na grande manifestação nacional, que juntou mais de 40 mil docentes e investigadores na Avenida da Liberdade, a 26 de Janeiro.
Hoje é «dia de resistência e luto da família ferroviária», conforme decidiram segunda-feira várias organizações de trabalhadores do sector. Num comunicado das comissões de trabalhadores da CP, da CP Carga, da Refer e da EMEF, refere-se que aos ferroviários e familiares iria ser distribuído um autocolante alusivo e iriam realizar-se concentrações, às 17 horas, na sede da CP, em Lisboa, e ainda no Porto (Campanhã), na estação de Coimbra B, no Entroncamento, no Barreiro e em Faro.