A força da razão
As acções em que participou Jerónimo de Sousa no Norte do País estiveram muito longe de ser as únicas em que o Partido valorizou a proposta, feita há dois anos, de renegociação da dívida pública. Aliás, no dia 5, um pouco por todo o País, em iniciativas diversas, os comunistas demonstraram a actualidade desta proposta, acentuada por dois anos de retrocesso e empobrecimento provocados pela aplicação do pacto de agressão negociado pelo PS e assinado por PSD e CDS.
No Porto, centenas de pessoas participaram num desfile pelas ruas da cidade, integrado nesta acção nacional do Partido, que contou com a intervenção de Jaime Toga, da Comissão Política; em Lisboa, Bernardino Soares esteve a contactar com a população no Cais do Sodré; e, no distrito de Setúbal, dirigentes e militantes do Partido participaram em acções de contacto com a população nas estações ferroviárias de Corroios e Foros de Amora, bem como no terminal de transportes de Cacilhas.
No folheto distribuído nestas acções, o PCP lembrava os alertas então feitos para o «rumo de desastre nacional» a que conduziria a decisão de recorrer à troika, tomada pelo então governo do PS, chefiado por José Sócrates. Aí realça-se também que o Partido não se limitou a «prevenir e a denunciar», apresentando ao País cinco propostas que «teriam poupado muitos sacrifícios aos trabalhadores e ao povo»: a renegociação da dívida pública nos prazos, juros e montantes; a intervenção junto de outros países com problemas similares visando uma acção convergente; a adopção de uma política voltada para o crescimento económico; a diversificação das fontes de financiamento e a avaliação do conjunto das chamadas PPP, com vista à sua renegociação ou cessação.