Vibrante comício no Porto

Partido da resistência, da luta e do futuro

O comício do PCP no Porto, comemorativo do aniversário, foi marcado pela confiança, determinação, entusiasmo e combatividade.

Ao longo dos seus 93 anos, o PCP nunca se deixou abater, lutando sempre

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No Porto, assinalando os 93 anos do «Partido que nunca se rende», tal como Jerónimo de Sousa voltou a afirmar, reuniram-se no sábado mais de sete centenas de militantes e amigos do PCP para o comício, realizado num auditório da Escola Secundária Carolina Michaelis completamente lotado. Muitos, aliás, ficaram de pé, incluindo nos varandins à direita do palco. Com o espaço invadido pela luz solar, que penetrava pelas enormes vidraças, ali se celebrou e reafirmou, como afirmou o Secretário-geral do PCP, o «Partido que é continuador legítimo das melhores tradições da luta e das realizações progressistas e revolucionárias dos trabalhadores e do povo português».

Antes do início das intervenções daquela tarde, as muitas centenas de presentes assistiram a um momento musical, pelas vozes e guitarras de Francisco Fanhais e Rui Pato, plenos de «intervenção» no seu reportório. Foram quatro os discursos proferidos no comício, presenciando-se no decorrer de todos eles o entusiasmo vibrante do sentimento de pertença, de colectivo e de camaradagem.

Coube à JCP iniciar as intervenções, a que se seguiu Belmiro Magalhães, responsável da Organização da Cidade do Porto do PCP, que, após saudar os presentes naquele a que chamou de «o momento alto das comemorações no Porto», e que foi antecedido por muitas outras iniciativas comemorativas do aniversário do PCP naquela região, aludiu à «propaganda e às mentiras do Governo e do grande capital», que a realidade desmente, como o comprovam os factos que enunciou referentes ao distrito do Porto, e que traduzem uma enorme crise económica e social.

Seguiu-se a intervenção de João Ferreira, primeiro candidato da lista da CDU às eleições para o Parlamento Europeu, momento eleitoral recorrente em todas as intervenções como sendo uma importante jornada de luta que deve ser encarada com o empenho e a envolvência de todos os militantes comunistas, numa altura em que o povo português pode e deve penalizar as políticas de direita que têm assolado o País com a miséria, o desemprego e a destruição da produção nacional. A reacção dos militantes comunistas e amigos à intervenção de João Ferreira naquele comício, com sonoros e uníssonos vivas à CDU, coligação que o PCP integra, fez já antever o afinco, responsabilidade e entusiasmo com que estas eleições serão tidas em conta.

Firme na luta e nos objectivos

A intervenção de encerramento coube a Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do PCP, que logo no início do discurso recebeu uma enorme ovação quando se referiu ao «contributo das gerações de comunistas» que também ali se homenageava e evocou aquele que considerou como uma «figura ímpar e maior, o revolucionário, o comunista: o camarada Álvaro Cunhal».

Afirmando a inevitável ligação do PCP ao legado de Marx, Engels e Lénine, o dirigente comunista sublinhou a importância de ver o Partido «unido e determinado», numa altura em que o País atravessa uma grave situação «em resultado da concretização da política das troikas nacional e estrangeira que tomaram conta do País». Mas também pela celebração dos 40 anos da Revolução de Abril, processo histórico que Jerónimo de Sousa caracterizou como sendo um forte «motivo de suplementar confiança no combate que travamos pelo futuro democrático e soberano de Portugal».

Jerónimo de Sousa elencou ainda as inúmeras consequências trágicas da política de direita e «em resultado da aplicação desse pacto que PS, PSD e CDS impuseram ao País», que considerou como sendo também expressão das opções políticas próprias daqueles três partidos. O Secretário-geral do Partido deixou, a terminar, uma mensagem de esperança e confiança, relembrando que em 93 anos o PCP «não se deixou abater, lutou, resistiu, avançou e mantém-se firme na sua intervenção e objectivos».




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