Nos Açores e na Madeira

Mulheres discriminadas

O deputado do PCP na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores apresentou no dia 11 um voto para assinalar do Dia Internacional da Mulher, onde recorda que, de acordo com dados do próprio Governo Regional, as açorianas ganham em média geral menos 90 euros do que os homens.

«Só que esta discriminação agrava-se quanto mais altas forem as qualificações e os cargos dentro das empresas», denunciou Aníbal Pires, informando que, no ano de 2012, nos Açores, um homem com o Ensino Secundário ou profissional recebe em média mais 124 euros por mês do que uma mulher. No caso de terem uma licenciatura, os homens recebem mais 491 euros e, com um mestrado, mais 539 euros por mês.

Em relação aos quadros superiores o fosso salarial é ainda maior. «Os Quadros Superiores do sexo masculino receberam, em 2012, em média, 2130 euros, enquanto as mulheres, em igual posição, apenas receberam 1363 euros. Uma diferença de mais de 767 euros por mês», criticou o deputado do PCP, assinalando, por outro lado, que «os trabalhadores açorianos recebem significativamente menos do que os do Continente», sendo que «as mulheres açorianas estão entre as mais pobres do País».

Mulher com direitos

Na Madeira, o PCP, através do seu Organismo de Mulheres, deu início, no dia 7 de Março, à campanha regional «Trabalho igual, salário igual – Mulher com direitos», que tem por objectivo não apenas denunciar as desigualdades crescentes no campo laboral, e em especial na componente salarial, mas também para apresentar propostas que ajudem a eliminar esta forma continuada de discriminação em relação à mulher.

Em nota de imprensa, os comunistas dão nota do recente relatório da União Europeia, avançado no Dia Europeu da Igualdade Salarial de 2014, que confirma que em Portugal a disparidade salarial aumentou quase 70 por cento em cinco anos, ao contrário da tendência europeia.

O relatório adianta que, segundo a Comissão Europeia, as mulheres têm de trabalhar em média mais 59 dias até atingirem o mesmo rendimento que um homem. Em Portugal essa média sobe para 65 dias. «As políticas seguidas pelos sucessivos governos são responsáveis pelo empobrecimento, pelo retrocesso social e pela destruição dos direitos das mulheres. A legislação que consagra a igualdade não é cumprida», acusa o PCP.




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