CPPC por desnuclearização

O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) assinalou, anteontem, com um debate no Porto, o Dia Internacional para a eliminação total das armas nucleares. Na iniciativa realizada em colaboração com a Universidade Popular do Porto, participaram a embaixadora de Cuba, Johana Tablada, o médico Sérgio Vinagre, o escritor José António Gomes, e Ilda Figueiredo, em representação do CPPC.

De acordo com uma nota divulgada nas redes sociais pelo CPPC, «os intervenientes justificaram a importância da iniciativa considerando que o desarmamento nuclear global é uma questão central na defesa da paz, para a sobrevivência da própria espécie humana e da manutenção da vida sobre a Terra como hoje a conhecemos».

Antes do debate, o CPPC emitiu um comunicado no qual recorda que nunca desde «o holocausto de Hiroshima e Nagasaki, em 1945, quando, pela primeira e única vez, os Estados Unidos da América lançaram duas bombas atómicas sobre as populações de duas cidades japonesas, causando centenas de milhares de mortos e efeitos que até hoje perduram, houve [tão] grande desenvolvimento do armamento nuclear», e alerta que apenas um por cento «das milhares de ogivas nucleares armazenadas (...) chegaria para libertar a energia equivalente a 4000 bombas de Hiroxima e destruir a civilização humana».

«Com a multiplicação de guerras de agressão, há razões para pensar que a terrível ameaça de uma conflagração nuclear, longe de ter desaparecido, é hoje mais séria do que nunca», alerta-se.

«Desde o Apelo de Estocolmo, promovido pelo Conselho Mundial da Paz em 1950, que os amantes da paz se empenham na luta pelo fim das armas nucleares», sublinha-se ainda, antes de se realçar que «pressionados pela posição de numerosos países progressistas, do movimento da paz e de uma opinião pública cada vez mais esclarecida (…), as principais potências nucleares negociaram vários acordos que limitavam o número e qualidade das bombas nucleares que detinham e dos respectivos vectores de transporte e que apontavam como objectivo o seu total desmantelamento». Porém, «nenhum destes compromissos foi respeitado até hoje», lamenta o CPPC, para quem «é imperioso conseguir a eliminação total das armas nucleares como passo indispensável no caminho da construção de uma Paz justa e duradoura».

 



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