Nos últimos anos a correlação de forças alterou-se na América Latina a favor do imperialismo e da oligarquia, cujos representantes regressaram ao poder em países como a Argentina e o Brasil, facilitando a intensificação da pressão sobre aqueles outros, como a Venezuela ou Cuba, que persistem no rumo do progresso, da justiça social e da soberania. Mas tal como as conquistas democráticas alcançadas desde o início do século não foram eternas, também os reveses sofridos nos últimos anos não o serão: é a luta dos trabalhadores e dos povos e a acção das suas forças de vanguarda que determinarão muito do futuro próximo da região.

Nas conversas mantidas com representantes do Partido Comunista de Cuba, Partido Comunista do Brasil e Partido Comunista Colombiano foi possível perceber a violência da ofensiva do imperialismo na região e, ao mesmo tempo, a enorme determinação em resistir-lhe, com tácticas adaptadas à realidade de cada país, mas sempre centradas na unidade dos trabalhadores e do povo e na mobilização das organizações sociais. É este o caminho da vitória, que não está – como nunca esteve – ao virar da esquina, mas que chegará, pois a luta dos trabalhadores e dos povos pela sua emancipação é imparável.