Greve na Eurest contra despedimento colectivo
LUTA Greve nacional com concentração hoje frente a sede da Eurest, em Almada, é a primeira resposta ao anúncio de despedimento colectivo de 122 trabalhadores da empresa.
A disposição é a de lutar
A luta foi convocada pela Federação dos Sindicatos da Hotelaria e Turismo (FESAHT), que desde que foi confrontada com o anúncio iniciou uma série de plenários com o objectivo de impedir o despedimento.
A FESAHT denunciou, ainda, que em várias empresas nas quais a Eurest presta serviço de refeitórios e cantinas, os plenários sindicais estão a ser proíbidos. Exemplo disso mesmo sucedeu na Efacec, na Maia, onde o dirigente sindical foi impedido de entrar.
O plenário não deixou, porém, de se realizar, tendo os trabalhadores dirigido-se à vedação da fábrica, onde esclareceram dúvidas sobre o processo e elegeram um delegado sindical para os representar.
A disposição é, assim, a de lutar contra o despedimento colectivo, afirma a FESAHT, que, além do mais, rejeita os argumentos invocados para enviar para o desemprego 122 funcionários.
A empresa «tem um volume de negócios superior a 100 milhões de euros anualmente, dá milhões de lucros todos os anos, recebeu e continua a receber apoios do Estado neste período de pandemia». Acresce que não tem trabalhadores a mais, pelo contrário, atendendo às necessidades actuais, razão pela qual recorreu a empresas de aluguer de mão-de-obra para refeitórios e cantinas escolares, detalha a FESAHT.
Cultura dia 9 na AR
Ainda no plano da acção reivindicativa, o Sindicato dos Trabalhadores de Espetáculos, do Audiovisual e dos Músicos (CENA-STE) convocou para a próxima segunda-feira, 9, entre as 15h30 e as 17h30, uma concentração frente à Assembleia da República, onde estará a ministra da Cultura. Sob o lema «Nem Parados, nem Calados», o CENA-STE vai reivindicar que o OE para 2021 contemple uma verba em torno de 1 por cento para a Cultura, bem como a implementação de medidas de emergência para um sector cuja subsistência está em causa desde o início do surto epidémico, com tendência para se agravar.
O CENA-STE contesta ainda a proposta governamental de estatuto dos profissionais da Cultura, considerando que esta se «limita a validar ou criar novas formas de trabalho precário».