A maioria dos sectores paralisaram durante as 24 horas de greve decretada pelo Forúm Social Alternativo, estrutura que integra dezenas de organizações sindicais, sociais e políticas dominicanas.

De acordo com os organizadores, a greve geral obteve uma adesão entre 80 e 90 por cento em todas as províncias do país e decorreu, na maioria dos casos, de forma pacífica, excepção feita à violência desencadeada pelas autoridades contra concentrações de protesto e piquetes, cujo saldo foi de dois mortos.

As vítimas são um soldador que gravava através de um telefone móvel a repressão na capital, Santo Domingo, e um activista que preparava a jornada na cidade de Bonao. O primeiro foi atingido durante as acções de dispersão da multidão, e o segundo foi baleado pelas costas quando iniciava a luta contra a miséria imposta pelas políticas antipopulares.

Entre as principais reivindicações do povo dominicano estão um acréscimo geral dos salários na ordem dos 35 por cento, a suspensão dos aumentos nas tarifas eléctricas, combustíveis, medicamentos, alimentos e outros bens e serviços de primeira necessidade, maior transparência na gestão dos recursos petrolíferos e a afectação de um mínimo de quatro por cento do Produto Interno Bruto para a educação e a saúde.