PCP recebeu CGTP-IN

Delegações do PCP e da CGTP-IN, encabeçadas pelos seus secretários-gerais, estiveram reunidas no dia 27 no Centro de Trabalho Soeiro Pereira Gomes, em Lisboa, para avaliar a situação política e social do País. No final, em declarações aos jornalistas, Jerónimo de Sousa sublinhou a convergência existente entre ambas as organizações na constatação de que o aumento da exploração é um objectivo nuclear das políticas que o Governo e a troika levam a cabo.

A delegação do PCP, afirmou o Secretário-geral, valorizou muito o esforço da CGTP-IN em mobilizar os trabalhadores para a luta, nomeadamente para a greve geral, como resposta a esta ofensiva sem precedentes – que exige dessa «força determinante que são os trabalhadores» uma resposta ao nível da exigência da situação.

O secretário-geral da CGTP-IN, Manuel Carvalho da Silva, garantiu que essa mobilização dos trabalhadores e do povo é necessária para inverter um caminho que já mostrou que «não conduz a lado nenhum». Estas políticas, aliás, seguem «de forma acelerada o que foi feito na Grécia», acusou ainda o dirigente sindical.

 

e a ARESP

 

No dia seguinte, o PCP recebeu uma delegação da Associação da Restauração e Similares de Portugal (ARESP), representante dos empresários do sector. Ambos convergiram na crítica ao aumento do IVA para 23 por cento na restauração, concordando que poderão estar em causa milhares de postos de trabalho. O PCP garantiu que se oporá à medida na discussão do Orçamento do Estado para 2012.

A ir por diante esta medida, alertou Jerónimo de Sousa, pode estar em causa uma «razia de encerramentos de empresas, de liquidação de milhares de postos de trabalho, e sem nenhum efeito». Num quadro de redução do poder de compra como aquele que se está a verificar, afirmou, o resultado será uma diminuição de receitas fiscais. O PCP proporá, aquando do debate na especialidade do Orçamento, a alteração desta proposta, para pelo menos a manutenção da actual taxa. A subida para 23 por cento teria, acredita o PCP, «consequências económicas imprevisíveis e consequências sociais dramáticas».

A delegação da ARESP era dirigida pelo seu presidente, Mário Pereira Gonçalves.



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