Cuidados continuados no Lorvão é, para os comunistas, a solução
A Comissão Concelhia de Penacova do PCP rejeita a intenção do Governo de instalar um hotel na zona do antigo Hospital Psiquiátrico que funcionou, até 2012, no Mosteiro do Lorvão. Para os comunistas, «o único programa que pode fazer reviver» o imóvel é o «proposto pelo Movimento + Saúde» e «passa pela requalificação do edifício e a instalação de uma Unidade de Cuidados Continuados e Paliativos».
O Movimento + Saúde entregou em Outubro do ano passado na Assembleia da República uma petição com mais de sete mil assinaturas, de resto já discutida na Comissão Parlamentar de Saúde, tendo todos os partidos concordado genericamente com a proposta contida no texto.
«Se este apoio é dado de forma sincera e clara, então é preciso que não existam diferenças entre PS e o Governo PS, entre os deputados da região e do restante território, bem como das autarquias sejam elas do PS ou PSD, ou outros», nota-se ainda no comunicado do Partido, para quem, a concretizar-se a entrega daquele património público «a uma qualquer sociedade anónima para ali instalar um hotel de luxo, para uso e proveito de muito poucos», tal representará a «segunda morte» do monumento nacional.
O Mosteiro do Lorvão começou a ser erguido após a reconquista cristã de Coimbra, por volta do século IX, tendo ao longo dos séculos funcionado como espaço de reclusão religiosa e centro de produção de manuscritos iluminados. . Integrou a lista original dos primeiros edifícios classificados como Monumento Nacional em Portugal pela Primeira República.