Patente até 30 de Outubro, em Lisboa

Obras do acervo do Partido em Exposição

Foi inaugurada anteontem, no Museu da Cidade, em Lisboa, a exposição de arte do acervo do Sector Intelectual de Lisboa do PCP.

espólio do Sector vai muito para além das obras expostas


A exposição, que estará patente até ao final de Outubro no Museu da Cidade de Lisboa, consta de 72 obras que são parte do acervo do Sector Intelectual de Lisboa do PCP. Entre os artistas presentes, pontificam nomes como António Carmo, António Domingues, Carlos Canhão, César Roussado, Hilário Teixeira Lopes, João Hogan, Jorge Vieira, Juan Soutullo, Lourdes Leite, Rogério Ribeiro ou Virgílio Domingues.
A inauguração ocorreu anteontem, com a presença de dezenas de pessoas, entre as quais o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa. Na ocasião, Pedro Penilo, do Sector Intelectual, realçou que a «dimensão e riqueza» do espólio à guarda do sector, que ultrapassa largamente o número de obras apresentadas, «não podiam ficar confinadas ao momento da sua doação ou à inércia da sua propriedade, não podia quedar-se como jóia de família». A exposição, realçou, é um gesto de gratidão para com os artistas: para os que aí estão representados ou para outros que, «nunca tendo oferecido nenhum trabalho seu assinado para o espólio do PCP, ofereceram horas, dias, metros de arte efémera, para as mais variadas actividades do Partido».
A exposição é também uma homenagem a Maria Dinis, médica comunista já falecida, que organizou o acervo e sonhou expô-lo. No catálogo, o seu nome surge à cabeça no comissariado da exposição.

Confiança no Partido

A seguir, foi a vez do escritor Manuel Gusmão lembrar que as obras expostas foram, «ao longo dos tempos, oferecidas pelos seus autores ao PCP». Estes artistas, valorizou o membro do Comité Central, «não as venderam, não esperavam contrapartidas, cargos ou honrarias». Pelo contrário, «o seu acto de oferta ou doação manifesta, sim, mesmo daqueles que não são membros do Partido, um gesto de confiança no Partido Comunista Português, na sua luta e nas gerações de lutadores que o vão formando».
Na opinião de Manuel Gusmão, esta exposição revela que o Partido confia nestes artistas e «saúda o seu trabalho de construção dos mil rostos da beleza». Mas significa ainda que «o Partido em quem confiaram lhes responde, não deixando estas obras a serem vistas e apreciadas apenas no espaço de um Centro de Trabalho, mas expondo-as num espaço público e perante um público potencialmente mais vasto, favorecendo a possibilidade do encontro com elas por parte de outras gentes».
Desta forma, concluiu, estimula-se também o «acesso à fruição cultural por parte de muitos daqueles a quem esse direito é na prática denegado».

Não cortar as asas ao sonho!

A «diversidade de caminhos expressivos» que a exposição testemunha revela, na opinião de Manuel Gusmão, a apropriação pelo colectivo partidário das reflexões de Álvaro Cunhal acerca do papel do artista. Como afirmou o histórico dirigente do PCP, em 1978, na do Sector de Artes e Letras, «um Partido como o nosso, capaz de todos os sacrifícios para libertar o homem, luta também necessariamente para libertar o artista». «Quando a própria revolução é a realização de sonhos milenários, como poderia o nosso Partido, força revolucionário que é, cortar as asas ao sonho?»
Continuando a citar Álvaro Cunhal, Manuel Gusmão lembrou que «o Partido não procura impor aos artistas nem escolas nem estilos. Modelo estético partidário é coisa que não existe».


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