Estudantes saem à rua
Mais de 30 mil jovens em Roma e num total de 300 mil em 80 cidades manifestaram-se, dia 8, contra os cortes orçamentais na Educação impostos pelo governo de Berlusconi.
O protesto foi convocado pela União de Estudantes do Ensino Superior, o que não impediu que os alunos do secundário se concentrassem em massa na capital, frente ao Ministério da Educação para exigirem a demissão do titular.
Em causa está o pacote de leis aprovado ainda em 2008, para o quinquénio de 2009-2013, cujos efeitos são cada vez mais contestados pelos estudantes. No total, o governo pretende cortar nove mil milhões de euros à Educação e eliminar 130 mil empregos.
Nas principais cidades, as manifestações provocaram graves perturbações no trânsito, registando-se confrontos com a polícia em Turim, Milão e Florença, segundo noticiou a agência Ansa.
No dia seguinte, sábado, 9, foi a vez de trabalhadores e pensionistas desfilarem em Roma para exigir uma reforma fiscal e estímulos ao crescimento económico. A manifestação, que reuniu milhares de pessoas, foi organizada pelas centrais CISL e UIL, a segunda e terceira em representatividade. A CGIL não se juntou ao protesto, preparando jornadas de luta separadas para as próximas semanas.
No quadro do plano de austeridade, o governo determinou o aumento da idade da reforma e o congelamento dos salários da função pública, entre outras medidas que implicam uma redução da despesa de 25 mil milhões de euros.