Apoios cortados
Com um misto de crescente repúdio e preocupação é encarada a decisão do Governo de acabar já a partir do início do ano com o desconto de 50 por cento nos passes sociais para estudantes e idosos.
Assim que o anúncio da medida veio a público em meados do mês passado através de declarações ao Correio da Manhã do secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, as reacções dos partidos da oposição não se fizeram esperar, nomeadamente do PCP que através da deputada Rita Rato considerou estar-se perante «um roubo».
Este ataque aos orçamentos das famílias e à sua mobilidade, constituindo simultaneamente um enorme desincentivo à utilização dos transportes públicos, mereceu também a condenação do Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP).
Afirmando-se «liminarmente contra» o fim dos descontos de 50 por cento nos passes para idosos e estudantes a partir de 1 de Janeiro de 2012, o porta-voz daquele movimento, Carlos Braga, falando à Lusa, declarou ser esta «uma machadada muito forte», que «não serve os interesses País, nem das pessoas, antes alimenta os grandes interesses económicos, nacionais e internacionais».