PCP condena despedimento na Global Media

O anúncio do despedimento colectivo no Grupo Global Media (GGM), envolvendo 81 trabalhadores, dos quais 17 jornalistas, é «uma decisão inaceitável, com graves custos e efeitos sociais para os atingidos e a generalidade dos trabalhadores, e que contribui para aprofundar a degradação do sector da comunicação social, a sua qualidade e pluralismo», considera o PCP, que «exige a sua suspensão e reversão imediatas».

O Partido rejeita os argumentos invocados pela administração e sublinha que, para além de o GGM se encontrar em «fase de reestruturação de propriedade, com a “circulação” de dezenas de milhões de euros entre os grandes interesses», aquele «obteve, este ano, pela mão do Governo PS, um “contrato de publicidade institucional” de mais de 1 milhão de euros e foi abrangido num lay-off de 530 trabalhadores».

Acresce que «em anos recentes obteve “perdões de dívida” e investimentos de capital estrangeiro de 15 milhões de euros e vendeu os edifícios históricos do Diário de Notícias e do Jornal de Notícias».

«O PCP considera que o GGM está a comprovar que, nas condições do domínio dos grupos económicos, a chamada “crise dos media” é sobretudo uma oportunidade e um instrumento de concentração capitalista e de poder, de mais exploração, degradação das condições de trabalho e regressão das liberdades de imprensa e informação, em vez de mais participação, democracia e progresso social, como é verdadeiramente necessário», informa que, através do seu Grupo Parlamentar na Assembleia da República já questionou a tutela sobre a situação e apela à luta e intervenção dos trabalhadores.



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