Precariedade não é normal
Nas organizações representativas dos trabalhadores e através da influência e do prestígio que o PCP mantém no pessoal, os comunistas da LeverElida, em Sacavém, insistem em que a precariedade de emprego não pode ser, na empresa, uma situação normal.
Em declarações ao Avante!, os camaradas Nuno Vieira, João Carlos Gonçalves e Alfredo Lopes apontaram a contradição entre a boa situação económica que a empresa está a viver, com elevados lucros, e a renitência da administração no que toca à entrada de efectivos.
Ainda recentemente sucedeu, contaram, que seis trabalhadores com contratos a prazo, há dois ou três anos, acabaram por receber uma proposta para celebrarem novos contratos, por mais dois anos, em vez da esperada integração nos quadros da fábrica.
Para este período do Verão, contrariando o que era normal noutros anos, a LeverElida decidiu manter a laboração com dois turnos e, como é altura de férias, optou por contratar a prazo três dezenas de trabalhadores, referiram aqueles membros da Comissão de Trabalhadores da empresa e do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Químicas do Sul (Sinquifa/CGTP-IN).
A precariedade de emprego, na fábrica de produtos para o lar e de cuidado pessoal, surgiu com a reestruturação realizada em 1996, no grupo Unilever-Jerónimo Martins (do qual fazem ainda parte a Fima e a IgloOlá). Com as mudanças na estrutura das empresas e com recurso a novas tecnologias, o número de trabalhadores teve uma diminuição drástica, de mais de meio milhar para menos de duas centenas. Saíam trabalhadores efectivos e os que entravam, além de serem em muito menor número, ficavam com contratos a prazo, durante quatro ou cinco anos.
«A empresa tentou preencher lugares com trabalhadores temporários, mas os ORTs reclamaram e conseguiu-se um acordo, para limitar o recurso a trabalho temporário apenas às tarefas pontuais e indiferenciadas, que ocupam dois ou três dias, no máximo», lembra João Carlos Gonçalves, que está na fábrica de Sacavém há 31 anos.
Apesar do nível remuneratório ser superior à média no grupo industrial, as contas feitas pelas estruturas representativas revelam que, em sete anos, os trabalhadores sofreram perdas salariais acumuladas de 8,7 por cento. A própria administração mostrou que não aceita como credível a previsão oficial da inflação, para este ano, e decidiu aplicar aumentos salariais de três por cento. Só que não compensa as perdas. Por outro lado, a pressão da CT e do sindicato levou a administração a decidir um aumento superior para os contratados a prazo, que não permite ainda vencer a distância que separa os salários destes trabalhadores e dos efectivos.
Em declarações ao Avante!, os camaradas Nuno Vieira, João Carlos Gonçalves e Alfredo Lopes apontaram a contradição entre a boa situação económica que a empresa está a viver, com elevados lucros, e a renitência da administração no que toca à entrada de efectivos.
Ainda recentemente sucedeu, contaram, que seis trabalhadores com contratos a prazo, há dois ou três anos, acabaram por receber uma proposta para celebrarem novos contratos, por mais dois anos, em vez da esperada integração nos quadros da fábrica.
Para este período do Verão, contrariando o que era normal noutros anos, a LeverElida decidiu manter a laboração com dois turnos e, como é altura de férias, optou por contratar a prazo três dezenas de trabalhadores, referiram aqueles membros da Comissão de Trabalhadores da empresa e do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Químicas do Sul (Sinquifa/CGTP-IN).
A precariedade de emprego, na fábrica de produtos para o lar e de cuidado pessoal, surgiu com a reestruturação realizada em 1996, no grupo Unilever-Jerónimo Martins (do qual fazem ainda parte a Fima e a IgloOlá). Com as mudanças na estrutura das empresas e com recurso a novas tecnologias, o número de trabalhadores teve uma diminuição drástica, de mais de meio milhar para menos de duas centenas. Saíam trabalhadores efectivos e os que entravam, além de serem em muito menor número, ficavam com contratos a prazo, durante quatro ou cinco anos.
«A empresa tentou preencher lugares com trabalhadores temporários, mas os ORTs reclamaram e conseguiu-se um acordo, para limitar o recurso a trabalho temporário apenas às tarefas pontuais e indiferenciadas, que ocupam dois ou três dias, no máximo», lembra João Carlos Gonçalves, que está na fábrica de Sacavém há 31 anos.
Apesar do nível remuneratório ser superior à média no grupo industrial, as contas feitas pelas estruturas representativas revelam que, em sete anos, os trabalhadores sofreram perdas salariais acumuladas de 8,7 por cento. A própria administração mostrou que não aceita como credível a previsão oficial da inflação, para este ano, e decidiu aplicar aumentos salariais de três por cento. Só que não compensa as perdas. Por outro lado, a pressão da CT e do sindicato levou a administração a decidir um aumento superior para os contratados a prazo, que não permite ainda vencer a distância que separa os salários destes trabalhadores e dos efectivos.