Imprensa partidária: papel insubstituível

Logo após a sua criação, em finais de 1921 inicia-se a publicação de «O Comunista», órgão do Partido, e de «O Jovem Comunista», órgão da juventude, a primeira imprensa comunista ao serviço dos objectivos para que havia sido fundado o Partido Comunista Português. A imprensa comunista concentra grande parte das atenções e esforços do recém-criado PCP e desempenha importante papel na divulgação da sua orientação junto da classe operária.

Mas é após o golpe militar de 28 de Maio de 1926 que impõe a ditadura, e com os primeiros passos da fascização do Estado Português, que se realiza a Conferência de Abril e o processo de reorganização do PCP que, com Bento Gonçalves como Secretário-geral, prepara o Partido para a longa resistência ao fascismo nas novas condições de clandestinidade que lhe são impostas.

É nesta circunstância que o PCP cria organizações partidárias e de massas e mobiliza novos esforços para o desenvolvimento de uma diversificada imprensa comunista. Multiplicam-se as lutas contra a exploração, a fome, o desemprego e o fascismo. No centro de todo este esforço, o PCP ganha definitivamente a confiança da classe operária e torna-se a força política dirigente da resistência ao fascismo. A 15 de Fevereiro de 1931 é publicado o primeiro número do «Avante!» e em 1933 inicia-se a publicação de «O Militante».

Os primeiros dez anos do «Avante!» são extraordinariamente dificultados pela repressão fascista, por um lado, e pela insuficiente preparação do Partido para enfrentar com êxito as ofensivas repressivas. Nos primeiros dez anos teve uma publicação irregular (com diversas interrupções) e em 1937/38 chega a publicar-se semanalmente com tiragens que chegaram a atingir os 10 mil exemplares.

Mas é com a reorganização de 1940/41 que o «Avante» estabiliza a sua publicação e, desde Agosto de 1941 ao 25 de Abril de 1974, jamais deixará de se publicar regularmente.

Depois do 25 de Abril e até aos dias de hoje o Avante! continua a desempenhar um papel fundamental como órgão central do PCP, o único jornal que, pelos seus conteúdos, pela forma como está organizado, pelo modo como constrói as suas notícias, expressa a defesa dos direitos dos trabalhadores e do povo português, de todos aqueles que têm no PCP um firme defensor dos seus interesses de classe, a par de uma forte solidariedade internacionalista com as lutas dos outros povos. Simultaneamente, aponta uma perspectiva de transformação social que implica a luta pela conquista de direitos, pela ruptura com a política de direita e a concretização de uma política patriótica e de esquerda, parte integrante de uma democracia avançada vinculada aos valores de Abril, indissociável da construção de uma sociedade nova sem exploração do homem pelo homem, o socialismo e o comunismo.

É tendo presente o papel insubstituível da imprensa partidária – do «Avante!» e de «O Militante» – que se impõe, no quadro do programa de reforço do Partido inscrito nas comemorações do seu centenário, dedicar grande atenção à sua promoção, divulgação e venda, com as medidas de direcção e de quadros que permitam concretizar este objectivo central no funcionamento do Partido.



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